20/07/2019
A nobre arte de gerir pessoas

Invisível, é assim que muitas vezes nos sentimos, seja na multidão das grandes cidades, na condução, no ambiente de trabalho ou até mesmo em casa. A rotina nos consome, nos anula, como pessoa, como profissional e principalmente como ser humano!

A nobre arte de gerir pessoas vai além do que imaginamos, pois trata- se de gerir vidas e tudo isso se inicia no ventre da mãe que, por meses, é responsável em cuidar e trazer à vida um ser humano, para um mundo novo e desconhecido, cheio de incertezas e medos.

Cada ser humano é distinguido pelo seu DNA e por digitais únicas e exclusivas.

Vivemos em uma época onde os sentimentos são muitas vezes ignorados. Afinal, o que importa é o resultado, não é mesmo? Muitas vezes as empresas se esquecem que cada profissional é único, intransferível e que tanto as suas habilidades como as suas deficiências, necessitam de constante acompanhamento, treinamentos, e um diá lo go constante na busca incansável de extrair o melhor de cada pessoa.

Gerir pessoas requer vivência, experiência, e principalmente a capacidade de saber se colocar no lugar do “outro”, conhecer a fundo cada integrante da sua equipe e assim poder direcionar da melhor forma possível a carreira dos seus comandados.

A gestão de pessoas está muito além de liderar, requer cuidados que vão além do que os livros nos ensinam, muito além de palavras de efeito que são utilizadas nos dias de hoje. Na verdade, as pessoas precisam apenas serem notadas, serem chamadas pelos seus nomes, e sentir que alguém real men te se interessa e se preocupa com elas, e não apenas serem cobradas pelos serviços e resultados que cada uma precisa entregar. Um nobre gesto de elogiar e reconhecer um bom trabalho quando o mesmo ocorre e principalmente saber como e onde dar feedbacks negativos, pois neste momento você pode colocar tudo a perder.

Gerir pessoas é transformar vidas. O gestor de pessoas tem a nobre arte de não só administrar resultados (financeiros, comerciais etc.), mas tem em também em suas mãos a responsabilidade de “cuidar” do maior patrimônio das empresas, que são os seus colaboradores.

Vivemos na década em que o mundo se depara com um inimigo “invisível”, chamado DEPRESSÃO. Ela é silenciosa, traiçoeira e muitas vezes cruel! O gestor de pessoas precisa estar atento aos sinais que os membros da sua equipe apresentam ou não, pois muitas vezes pessoas que não demonstram nenhum sinal de ansie da de, angústia ou depressão, estão sofrendo caladas e o final muitas vezes é muito triste.

Eu faço a seguinte a pergunta: até quando as rotinas, metas, resultados, serão mais importantes que o bem- estar no ambiente de trabalho? Alguém já parou para pensar que, em um ambiente sadio, agradável, onde as pessoas interagem, os resultados são ainda melhores e por consequência se reduz naturalmente a pressão que já se carrega diariamente?

Somos uma nação composta por um povo alegre, que mesmo diante de tantas adversidades e injustiças luta diariamente, mesmo que a sua única arma seja a capacidade de se reinventar todos os dias, cair e saber levantar, sorrir e chorar, mas nunca perdendo a esperança que algo de melhor irá acontecer. Somos um povo único e de uma capacidade de criação e execução acima da média. Precisamos cuidar melhor de nós mesmos, pois assim seremos os melhores gestores de pessoas de nossas vidas e com isso poderemos contribuir de alguma maneira para melhorar a vida das outras pessoas.

Nelson Alves dos Santos é administrador de empresas e docente
nelson.alves@consultoriafulltime.com.br
www.consultoriafulltime.com.br